domingo, 22 de dezembro de 2019

Rick Riordan e Seus Personagens Inclusivos (Com Spoilers)





Muitas pessoas que eu conheço começaram a se aprofundar no mundo da leitura graças a Harry Potter, o que não foi o meu caso, sou uma das pessoas que entrou nesse mundo graças a Percy Jackson e os Olimpianos e sou muito grata a isso. Percy e todos os personagens sempre terão um espaço especial em meu coração, porque foi graças a eles que eu sou a bibliófila de hoje! Não posso evitar de colocar alguns spoilers aqui, para falar sobre a diversidade dos personagens é necessário citar também algumas cenas especificas.

Mas no dia de hoje não vim falar sobre quão bons os livros são (aliás eles são ótimos!), mas vim falar sobre a inclusão que ocorre em todos os livros que já li dele, nesta postagem eu darei foco a algumas sagas em especial, Percy Jackson e os Olimpianos (obviamente), Heróis do Olimpo e Magnus Chase e os deuses de Asgard, queria dar enfoque também As Crônicas dos Kane e As Provações de Apolo, mas ainda estou lendo ambas as sagas e não posso dar opiniões concretas sobre as mesmas.


Começando por Percy Jackson, para falar de inclusão, não podemos deixar de citar que todos os personagens de Percy Jackson possuem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e dislexia, e na saga eles não são considerados como problemas e sim como uma espécie de herança que garante a sobrevivência dos semideuses, como dito no livro, a TDAH é o reflexo rápido para auxilio no campo de batalha e a dislexia é pois o cérebro deles está adaptado a ler grego antigo. Eu creio que os personagens conviverem bem com essas dificuldades é uma inspiração e motivação para quem possui TDAH e Dislexia, por ser um livro voltado para o publico infanto juvenil é de extrema importância já que as crianças veem que sua dificuldade pode ser considerada um superpoder no mundo criado por Rick Riordan.


Agora eu quero falar sobre os personagens e acontecimentos de Heróis do Olimpo. Logo no primeiro livro somos apresentados a Piper, Leo e Jason, um trio bem diversificado, e é esse o ponto, a representatividade! Jason é o típico padrãozinho endeusado, loiro dos olhos azuis, mas mesmo no livro ele sendo considerado um dos mais fortes, chegando até mesmo a ser comparado com Percy, ele não seria nada sem seus amigos, dado os seus diversos desmaios ao decorrer dos livros, desmaios esses que viraram piada entre os fãs e até mesmo o escritor, que faz referência a isso em sua outra saga. 

Falando agora de Piper, ela é (descendente) indígena e mesmo sendo filha de Afrodite, com sua beleza no auge, ela é simples e não gosta de toda a atenção em cima de si, ela também é bastante forte e corajosa, e foge do padrão das filhas de Afrodite mostrado nos livros. Leo Valdez, um dos meus personagens favoritos, preciso ressaltar, Leo é descrito com a aparência latina, é um personagem forte e extremamente importante durante toda a série de livros.

Falando agora dos personagens que nos são apresentados no segundo livro, Hazel e Frank. Hazel é uma garota negra trazida de volta a vida por seu meio irmão, Nico di Ângelo (o qual eu ainda vou falar sobre), em meio ao desenvolvimento do livro Hazel e Frank começam a namorar e por ele ser asiático (mais especificamente, chinês) mostra um relacionamento interracial, que é de forma tranquila demonstrado nos livros. Falando um pouco mais de Frank, mesmo ele sendo um descrito como um cara grandão, ele ainda é um cara calmo, e não demonstra ser tão poderoso quanto realmente é, e também é o único semideus conhecido nos livros por não ter TDAH e dislexia.

Agora vamos falar de um personagem o qual eu esperei muito, Nico di Ângelo, o meu personagem favorito da vida, Nico aparece primeiramente no terceiro livro de Percy Jackson e os Olimpianos, mas o que eu quero falar sobre ele acontece em Heróis do Olimpo, mais especificamente em A Casa de Hades, onde Nico e Jason encontram o deus do amor, Eros (para os romanos, Cupido) e este faz Nico assumir que ele já fora apaixonado por Percy. Ao final de Sangue do Olimpo, também se da a entender que Nico entra em um relacionamento amoroso com Will Solace, fazendo assim o primeiro personagem assumidamente homossexual da saga.
Créditos do desenho: Viria 

Ufa, finalmente acabei de falar sobre Percy Jackson e Heróis do Olimpo, agora vamos falar sobre a última saga do post de hoje? Pode entrar, Magnus Chase e os deuses de Asgard! Tenho que dizer, eu amo de paixão esta saga e acho que todos deveriam ler.


Precisamos falar sobre Hearthstone (elfo), ele é um dos personagens principais desta saga, ele juntamente a Blitzen (anão) cuidam de Magnus enquanto o mesmo vive nas ruas, Hearth é surdo-mudo, e por isso é rejeitado por seus pais, tanto Blitz quanto Magnus se comunicam com ele pela linguagem de sinais, e eu acho simplesmente perfeita a forma como Rick Riordan descreve tanto os sinais quanto a interpretação de Magnus sobre os mesmos, e de forma alguma deixa Hearth sem falas.

Alex Fierro é um personagem com presença marcante para mim, Alex é apresentada como uma personagem de gênero fluido, quando conheci este personagem eu não conhecia absolutamente nada sobre isso, mas acredito que a forma com que a personagem foi abordada foi correta.
Magnus Chase, sim o personagem principal! Conforme o decorrer dos livros, principalmente no terceiro é claro o interesse de Magnus por Alex, o que me faz crer que ele é pansexual, pois o mesmo não se importa com o fato de Alex ser gênero fluído, ele somente gosta e é isso, a forma como ele vê esse personagem também é uma coisa que me agrada muito, já que para ele usar os pronomes corretamente não foi um sacrifício.


Bem, acho que já me prolonguei demais por aqui, no contador de palavras já alcanço quase mil, mas eu precisava compartilhar com vocês o quão representativo são os personagens criados por Rick Riordan, por hoje foi isso, por favor deem muito amor para as sagas dele!

Atenciosamente, Karol.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Um começo

Olá, meu nome é Karolina Fernanda, tenho 18 anos e estou prestes a iniciar meu terceiro semestre no curso de jornalismo.
O Foca Bibliófila surgiu da minha vontade de compartilhar uma das coisas que eu mais amo, livros, desde muito cedo sempre fui fissurada pelo mundo das palavras, sendo lendo ou escrevendo. Juntando minhas duas maiores paixões, ler e escrever, criei o blog Foca Bibliófila com a mais pura intenção de ajudar os iniciantes nesse mundo da literatura, compartilhar experiências e indicações com quem já faz parte desse universo mágico e também aperfeiçoar meus textos e expor minhas opiniões como a estudante que sou. 
Espero que meu blog seja útil e divertido de se acompanhar, me esforçarei para trazer sempre o melhor conteúdo possível para cá.
Desde já agradeço a todos que me incentivaram a começar isso, é um projeto pessoal que está no papel a tempos e fico feliz de finalmente tirá-lo.


Atenciosamente, Karol.


Por onde começar?



O querer já é um ótimo começo, ler é algo natural do ser humano, todos lemos gostando ou não, seja uma placa no trânsito ou o rótulo de shampoo, mas como começar a realmente ler e a se interessar por isso? É isso que eu quero explicar no post de hoje.

Por onde devemos começar? Primeiro, para gostar de ler precisamos achar um tema que nos agrade, não adianta começar a ler por textos e livros complicados e com modo de falar antiquado, este tipo de leitura é cansativo, denso e leva tempo para que aprendamos a apreciá-lo. Comece então por algo mais leve, que tal aqueles quadrinhos do seu super herói favorito? Ou aquele mangá que originou seu anime preferido? Ou então, o livro que inspirou aquele filme que você ama ver?
Comece lendo duas páginas por dia, depois cinco, um capítulo, e logo nem precisará de uma meta, o importante é ler todos os dias, naquele tempinho livre que você tem dentro do ônibus ou naqueles minutinhos que antecedem as aulas, o importante é ler sempre, para que assim se torne um hábito.
Não importa por onde você comece, a única coisa que importa é que você comece em algum momento, todo tipo de leitura é valido, desde quadrinhos até grandes obras da literatura, comece a ler por gosto, por aquilo que te interessa e agrada, isso torna a leitura fácil e divertida, e não aquela obrigação chata e maçante, torne a leitura um hobby, não uma obrigação.

Atenciosamente, Karol.